O discurso da intolerância
Vivemos em um país democrático,
onde temos total liberdade para expressar nossas opiniões sobre os mais
diversos assuntos, principalmente na internet, desde que exista bom senso e
sejamos minimamente civilizados. Pois bem, parece que não é bem assim. A
democracia de hoje mais parece a democracia da intolerância, onde expressar
suas ideias – caso sejam contrárias a de outra pessoa ou grupo – é sinônimo de
burrice, falta de estudou ou conhecimento.
Interessante perceber
que tal intolerância parte em especial de pessoas que possuem uma ideologia de
esquerda, justo essas pessoas que pregam a “busca pela igualdade”, talvez como
Trótski que dizia: “Extirpem os contrarrevolucionários sem piedade, tranquem
pessoas suspeitas em campos de concentração. Desertores serão mortos, apesar do
serviço militar passado”.
A contradição entre o
discurso e a ação chega a ser hipócrita na grande maioria das vezes e tudo aquilo
que se mostra contrário ao esquerdismo de moda atual é considerado discurso da
direita manipuladora e opressora. É cada vez mais evidente a barreira existente
entre aquele que conhece a história e sabe interpretá-la e aquele que apenas
cospe o que lê em páginas “revolucionárias”.
Muitos assuntos atuais
despertam discussões que poderiam ser muito produtivas não fosse a intolerância
que impede as pessoas de conversarem de forma inteligente, parece que o importante
é fazer barulho.
O que preocupa é falta de vontade em procurar um ponto em comum entre diferentes opiniões e a corriqueira discussão de assuntos que não agregam nada para o futuro da sociedade e desenvolvimento do cidadão. Precisamos lembrar que vivemos em um sistema sólido e assim como disse o pensador franco-argelino Frantz Fanon, “o que importa não é conhecer o mundo, mas mudá-lo”. Nossa geração conhece o mundo na ponta dos dedos, deveríamos nos ocupar em buscar soluções para os tantos problemas existentes ao invés de rosnar ideologias que não levam a lugar algum.
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