A ministra "escrava"


A audácia dos políticos brasileiros é algo indubitável, suas façanhas mentirosas e comportamento vil são de amplo conhecimento da nação. Seus abusos são diários, seu pouco caso pela nação um paradigma e sua cara de pau é extraordinária e possui grande capacidade de superação.
Como se não tivesse ciência do corte de gastos que está ocorrendo na máquina pública brasileira, como se não fosse parte da realidade financeira do país e como se fosse a mais negra das negras, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, solicitou ao governo o acúmulo de sua aposentadoria de desembargadora com o salário integral de ministra, somando mais de R$ 60 mil em recebíveis.
Talvez sem o conhecimento dos valores reclamados, alguém poderia defender tal insanidade e falta de ética. É sabido que o teto do funcionalismo público é de R$ 33.700, não podendo ser ultrapassado, a aposentadoria de Luislinda é de R$ 30.400 (bem maior do que deveria ser) e seu salário como ministra é de R$ 3.300, sendo assim, está de acordo com a lei.
Descomedida, foi a atitude ignóbil desta mulher em citar na solicitação que “o trabalho executado sem a correspondente contrapartida, sem sombra de dúvida, se assemelha a trabalho escravo”, usando um apelo exagerado para tentar justificar o injustificável.
Se fossemos um país sério, esta mulher já não estaria mais ministra, por afrontar as leis e o povo em um ato de superioridade a todos. O caráter dessa ministra dos Direitos Humanos, diz muito sobre como também é mal gerida esta pasta, que raramente defende o cidadão trabalhador, desprovido de defesa, frente ao vagabundo armado.

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