Tropa de Elite 2: Não é ficção, é realidade!



 Na sexta-feira, 19, fui ao cinema para assistir o filme Tropa de Elite II. Um filme que surpreende com a maturidade e realidade com a qual o tema é abordado. Logo no início do filme aparece uma frase em um fundo negro que diz: “Este filme é uma história de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência”. Bom, talvez não seja coincidência.
A muito se sabe que no Rio de Janeiro, o crime e quem são os responsáveis por combater-lo andam juntos. O filme retrata as milícias e a ligação de políticos com traficantes, além de mostrar, como diz o Capitão Nascimento (Wagner Moura), que “o sistema é foda”.
A intenção do Capitão Nascimento, agora Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, é a melhor, só que ele não esperava encontrar o inimigo na sala ao lado. Apenas um inocente não sabe que no Rio de Janeiro as coisas funcionam do modo mais errado possível, traficante e político são amigos, é tudo um acordo, é tudo parte do sistema.
O filme mostra a realidade e passa uma mensagem para o espectador, o problema é quantas pessoas entenderam o recado. Nesse país nada funciona como deveria, nós somos meros piões do sistema, mas por quanto tempo continuaremos a ser os piões do sistema, por quanto tempo nós vamos ser atingidos por bala perdida, por quanto tempo os jovens irão continuar se drogando e entrando para o tráfico?
Eu não quero responder essa pergunta, pergunte para o sistema, ele esta lá em Brasília de pernas pro ar e fazendo o que lhe convém.

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