Saúde Pública


Presidentes entram e saem, e fatores de uma importância tão grande como a saúde não recebem a atenção que deveriam receber. O resultado é a morte de pacientes sem ao menos terem sido atendidos, a falta de equipamentos, o atendimento precário e o mais absurdo, a falta de médicos para atender as pessoas.
O problema da saúde no Brasil não é a falta de hospitais, mas sim a falta de profissionais e equipamentos adequados o que acaba submetendo os usuários de hospitais públicos a situações humilhantes como o que foi apresentado pelo Jornal Nacional no último dia 11. A reportagem do Jornal mostrou a situação humilhante do principal hospital do Estado de Rondônia, que conta com 150 leitos e todos ocupados. Como foi dito na reportagem a sala de espera virou a “sala de internação”, as pessoas na sala de espera estão internadas no hospital e ao invés de estarem em um quarto estão em uma situação deplorável de puro descaso. Fora isso existe o fato de pessoas deitadas no chão esperando uma vaga no quarto e até mesmo para serem atendidas.
O hospital em questão é o Hospital João Paulo II, que recebe em média 200 pacientes por dia. Em Porto Velho, no Hospital de Base, quase mil pessoas estão na fila de espera para operar e dentre as nove salas de cirurgia, cinco estão fechadas.
A zona leste de São Paulo é outro local onde se pode encontrar o descaso pela saúde. Na região vive 37% da população da capital, mas o número de hospitais corresponde a 21% do total de leitos da cidade. Com isso, pode-se dizer que há menos de duas vagas de hospital para cada mil habitantes, de acordo com a reportagem do jornal AGORA. De acordo com outra reportagem do AGORA, o Pronto Socorro Municipal Maria Antonieta Ferreira de Barros, no Grajaú (zona sul de SP), esta sem aparelho raios X há pelo menos dois meses. Situações como essas não são mostradas em épocas de campanha eleitoral.
Ontem, dia 13 de Janeiro, meu avô foi levado ao Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, para realizar um exame de Biopsia de Próstata. O exame estava marcado para as seis da manhã, mais por algum motivo que não foi esclarecido o médico responsável pelo exame ainda não estava no hospital. Ao chegar ao hospital o médico não deu nenhuma explicação a família dos 20 pacientes, todos idosos na faixa dos 70 anos, que ficaram ali durante horas em jejum aguardando a chegada de um médico que não cumpre com seus deveres.
Como pode ser visto a culpa não é somente do poder público, existe também uma parcela de culpa dos médicos da rede de saúde pública como o médico do meu avô, um senhor de 77 anos, que teve de ficar por sete horas aguardando por um médico. Sem contar o fato de esta instituição que recebe tantos pacientes ter apenas um médico para atender os pacientes que freqüentam esta instituição.

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