Rolezinho e Rolezão



Nos últimos dias estamos presenciando os “rolezinhos”, que causam enorme desconforto e pânico aos lojistas e pessoas que vão ao shopping para um momento de lazer, mas se deparam com jovens de uma cultura rala.
Alguns dizem que é um fenômeno cultural, de acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. Para muitos, assim como em minha opinião, é o reflexo de uma cultura pobre, que não foi alimentada como deveria nas escolas, mostrando o relaxo e o descaso do governo perante a educação e cultura de nosso país.
Como se não bastasse o incomodo, esses jovens acabam facilitando a ação de vândalos e trombadinhas, que aproveitam a desordem para praticar atos ilícitos. E como todos aqueles que não sabem a maneira certa de manifestar, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) decidiu organizar “rolezões” em dois shoppings de São Paulo. O resultado foi que os shoppings tiveram de fechar mais cedo e causarem incomodo a seus clientes e lojistas.
Tem gente falando que isso é uma manifestação contra a exclusão social, que os críticos são pessoas de direita que não querem as pessoas de classe baixa tendo o direito de ir e vir. A questão é que os “rolezinhos” estão provocando práticas de vandalismo e roubo, sendo a intervenção policial justa e necessária em determinados casos. Não é uma questão de direita e esquerda, é uma questão que mostra de forma clara a falta de estrutura cultural de nosso país e pensar que essa geração dos “rolezinhos” é o futuro do nosso país, é algo preocupante.

Por que não organizam visitas a museus? Grupos de leitura, grupos de debate político, tantas são as opções que trariam um crescimento filosófico e prático. Na antiga Grécia os homens se reuniam nas praças para discutir sobre a política e ignorante não era aquele que não sabia, mas sim aquele que nada questionava, a dúvida é a força locomotiva para a evolução do homem. Hoje temos praças vazias, com usuários de drogas e um país que se enche de ignorantes, rumo a um futuro digno de um povo que nada questiona.

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