Transnordestina e o tumor da infraestrutura no Brasil
Infraestrutura,
bem sabem os comerciantes de nosso país, a tamanha dificuldade e carência que
possuímos neste ponto tão importante para o desenvolvimento econômico de uma
nação.
Atualmente, o
Brasil possui cerca de 1.751.868 quilômetros de rodovias e estradas, grande
parte danificada e carente de melhorias. Este sistema de transporte é de
expressiva importância para o comércio, porém é também o que apresenta fretes
com preços exorbitantes para determinadas mercadorias, como por exemplo
fertilizantes, minérios e produtos agrícolas. Também possui um fator limitador
de poder transportar uma quantidade muito menor de carga quando comparado a
ferrovias e o transporte marítimo.
E é nesse ponto
que chegamos a um enorme problema de administração pública, a Transnordestina!
Em 2006, o então presidente Lula, deu início a esta tão importante obra que em
seus 1.753 quilômetros, passando por Pernambuco, Piauí e Ceará, seria a mais
fácil porta de entrada para os portos de Pecém e de Suape. Além de sua extensão
magnífica, a Transnordestina é a chance de aquecer e desenvolver o sertão
nordestino, mas nem isso foi o suficiente para que o governo do conterrâneo
Lula e de sua sucessora fizesse essa obra andar.
A Transnordestina
completa 8 anos de atraso em sua entrega, inicialmente prevista para 2009. O
orçamento inicial de R$ 4,5 bilhões é agora de R$ 11 bilhões e cresce R$ 700
milhões a cada ano de atraso. Havia em seu auge, 11 mil pessoas empregadas,
hoje apenas 829 trabalhadores. Quando analisamos a evolução dos gastos com
assistência social no período de 2006 a 2009, previsão de final da obra,
percebemos um constante aumento no percentual comparado aos investimentos em
infraestrutura, que ficaram muito abaixo do ideal.
Todos sabemos que
é característica de governos populistas, “investir” em assistencialismo em
detrimento de outras áreas, porém uma pesquisa nacional do Datafolha – “Gestão
Pública Demandada pelo Cidadão” – constatou que 77% dos brasileiros são a favor
de um maior investimento em infraestrutura do que em programas sociais.
A solução para muitos problemas de nosso país consiste em um olhar desenvolvimentista e não paternalista, as próximas eleições serão uma grande oportunidade para nós brasileiros iniciarmos um novo ciclo de pensamento econômico, mais livre, gerador de empregos e com investimentos corretos, direcionados não apenas pela iniciativa pública, mas principalmente a iniciativa privada.
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