Acordo Florestal?
No ultimo dia 24 foi aprovado o Novo Código Florestal que entre muitas coisas que considero absurdas como não mais competir ao IBAMA a decisão do que pode ser desmatado ou não, há ainda outro grande problema: o social.
Tirar a autoridade do IBAMA e dar ao Estado ou município justificando que estes têm competência para decidir sobre questões ambientais, sendo que estes nem mesmo conseguem gerir suas responsabilidades atuais, é ridículo.
Nosso país sobrevive de exportações agrícolas e ampliar áreas para a prática agrícola é ampliar economia. Tudo isso seria perfeito se não fosse um pequeno detalhe: a mão-de-obra mecanizada.
Esse pequeno detalhe acaba afetando milhares de pessoas desde o trabalhador primário até o trabalhador terciário. A máquina substitui o trabalho braçal do homem do campo que procurando melhores condições de vida migra para a cidade grande e não tendo a preparação desejada pelos empregadores não são integrados ao mercado de trabalho, acabando assim, optando em trocar a vida (difícil) no campo pela vida marginalizada da metrópole.
Sem ter condições esses pobres trabalhadores se instalam em favelas ou invadem propriedades privadas e para sobreviver se entregam a práticas ilícitas e a criminalidade.
Fernanda Roberta
Fêh, estava ansioso para ler esse post que ouvi você comentar com o Rafa, concordo com você que os estados não farão uma administração tão boa quanto o IBAMA, sem falar que os governantes estaduais estão mais propensos a influência (propina, troca de favores, etc) de certos grupos que se beneficiariam com o desmatamento.
ResponderExcluirPorém discordo com você em outros pontos, primeiro a exportação de produtos agrículas é responsável por grande parte da economia brasileira mas o Brasil possui vários outros produtos, além do mais tratando-se de produtos agrículas por mais que a demanda esteja alta seu preço não é tão alto assim, o Brasil produz uma série de produtos industrializados que tabém tem uma pesada contribuição na economia.
No mundo atual países que tem economia predominante agrícula não conseguem um destaque no comércio mundial, muito menos chegar a posição de sétima economia do mundo.
Segundo você exaltou os malefícios da mecanização do campo, porém se não fosse esta você mal teria o que comer em casa, não só você mais a maior parte da população mundial.
A mecanização barateia os custos de produção permitindo um preço relativamente baixo, agora imagine se nesse preço estivesse imbutido gastos com salários de vários trabalhadores, o preço subiria muito.
Se não fosse a mecanização, estaríamos vivendo um cenário descrito por um economista britânico, Thomas Malthus, que dizia que a deficit entre população e produção de almentos criaria miséria.
Olha as coisas de uma maneira mais ampla antes de criticar indevidamente
Ricardo
Realmente,o novo código florestal pode agredir o meio ambiente.Porém,o meio ambiente já é praticamente um caso perdido,pois se as grandes potências não se preocuparem com suas atitudes em relação ao meio ambiente,nada evitará um colapso ambiental.
ResponderExcluirEm relação ao "pobre coitado" que é expulsso do campo,é uma questão da nossa cultura.
Se esse "pobre coitado" tivesse ACESSO e INICIATIVA para receber uma edução de qualidade,ele poderia fazer engenharia agrônoma,por exemplo,e continuar trabalhando em seu querido campo.
O problema é que o governo não quer dar educação e maioria do povo também não quer receber.Ou seja,esse pobre coitado não é tão vítima assim.Ele pode protestar,ele pode correr atrás de um estudo.Mas não,ele vai para a favela,constrói um barraco ao lado de um rio,tem 7 filhos,reclama da enchente,e depois vota na Dilma.
Fascinate não?
Um Brasileiro
"Ele pode protestar,ele pode correr atrás de um estudo.Mas não,ele vai para a favela,constrói um barraco ao lado de um rio,tem 7 filhos,reclama da enchente,e depois vota na Dilma"
ResponderExcluirBrilahnte, parabéns
Outro Brasileiro
Sim,sim.Concordo com vocês também.
ResponderExcluirAcontece o resultado de correr atrás do estudo não vem rápido como correr atrás do trabalho, quem tem fome não espera.Muitos até querem estudar, ter um curso superior,mas são impedidos porque têm que ajudar em casa,ajudar a pôr a comida na mesa.
Quanto ao votar na Dilma, não acho que possam ser culpados por isso, afinal ,na visão deles, é ela ou o partido dela que dá o dinheirinho que os salva.São analfabetos políticos,creio que são vítimas,fantoches de quem quer entrar na política não para o bem do próximo,mas apenas em benefício próprio.
Sobre a mecanização, abaixou os preços,ótimo para nós,mas aquele que é trocado pela máquina não é absorvido em outro lugar.No campo não tem infraestrutura,não tem escola de qualidade,não tem hospital,não tem nada.Como uma pessoa que sai de um lugar assim pode ser bem sucedida em uma cidade como São Paulo,por exemplo?
Morar na favela, não é uma escolha,ninguém escolhe ser marginalizado, é uma conseqüência, resultado de um problema que vai crescendo,crescendo, vira uma bola de neve e acaba prejudicando todo mundo.
"Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência." (Marx)
“Sem um fim social o saber será a maior das futilidades.”(Gilberto Freyre)
Fernanda Roberta
Entendi seu raciocínio Fernada.
ResponderExcluirSobre o "votar na Dilma" é um tema que me causa curiosidade.Será que ser analfabeto e não ter cultura é justificativa para um ser não ter conciencia política?
O analfabeto seria "mais acomodado" ou "mais vítima"?
Eu realmente não consigo descobrir a resposta para essa pergunta.
E sobre as pessoas que não têm condições para ir até o estudo,lembre-se que distaquei a palavra ACESSO em meu comentário.
Um Brasileiro
Definitivamente não podemos generalizar um grupo dizendo que por serem pobres coitados, consequentemente, serão analfabeto politicos ou sem "cultura", pois creio que não sou a única que conhece gente pobre e com muita consciencia política, mesmo que sejam a minoria não podemos exclui-los pois eu vim desse meio e sei bem o que me rodeava.Sei que assim como existiam grandes tolos também exitiam seres que muitas vezes massacravam outros, considerados "ricos", em um debate.
ResponderExcluirEntão por favor, não generalize, concordo plenamente que a educação é a porta pro mundo, mas lembre-se de casos em que muitas pessoas pobres enriquecem e ganham poder por sua maturidade, lembre das raizes de nosso antigo presidente Lula, acho que será um bom exemplo.
E concluo ainda que, realmente, a mecanização que vem aumentando faz com que a antiga mão-de-obra vá para as cidades mas atualmente é um número MUITO pequeno de pessoas que realizam esse exodo rural, pois essa é uma situação do passado e não justifica o grande problema do desemprego porque o exodo rural é apenas uma pequena parcela que atenua um gigantesco problema.
K. Terra
Ok K.Terra.
ResponderExcluirPercebo um problema na interpretação do nosso debate.Ninguém disse que um analfabeto não tem conciência nem capacidade para a política.O que está sendo discutido é a Meritocracia.
Estamos debatendo se uma pessoa,sem acesso à cultura e à educação,tem condições para protestar ou ir atrás do estudo por méritos próprios.
Esse tema leva pergunta: "O pobre que vive em péssimas condições é um acomodado ou uma vítima?"
Espero que você tenha entendido o tema do nosso debate.
Um Brasileiro
Primeiramente "Um Brasileiro" fiz meu comentário em relação a postagem do blog e não em relação aos seus comentários.
ResponderExcluirMas respondendo a sua pergunta:
É realmente impossível definir se o pobre que está em péssimas condições é uma vítima ou um acomodado pois assim como existem acomodados, também existem vítimas e como havia dito anteriormente não podemos generalizar e rotulá-los. Mas também existe uma verdade inquestionável: "Quem luta, consegue"
K. Terra
Minha opnião também é de que "quem luta consegue".
ResponderExcluirFinalmente concordamos.
Porém,nossa opnião não é uma verdade inquestionável.Pois muita gente luta e nem sempre vence.Mas mesmo assim,"Lutar é preciso,e lutar está ao alcance de todos!"
Um Brasileiro