Falhas, sonhos e ideologias
Após
apresentar as propostas dos candidatos à Presidência da República, se faz
necessário analisar a viabilidade dessas propostas. Todos parecem estar cheios
de boas intenções de acordo com a ideologia do candidato e seu partido, mas
sabemos que um bom governo não se faz apenas com sonhos, mas sim com
resultados.
Em
minha última postagem havia dito que seriam cerca de três postagens, mas para
não tornar algo cansativo ao leitor e também repetitivas – um grupo de
candidatos possui ideologia semelhante – decidi realizar essa breve análise em
apenas uma postagem.
Iniciando
pelo candidato Aécio Neves, apesar de seu Plano de Governo estar muito bem
elaborado e abrangendo todas as questões do eleitor, é necessário tomar cuidado
com apenas uma coisa, excesso de otimismo. Os projetos são bons, mas o estado econômico
em que o atual governo está deixando o país pode dificultar as ações do
candidato, caso eleito.
Quanto
a Dilma Rousseff, esta parece não ter compreendido bem os anseios da sociedade
e ao invés de trazer soluções em seu programa, traz apenas a continuidade. Um
dos grandes problemas dessa continuidade pode ser visto no âmbito
internacional, onde a candidata e atual presidente não expressa vontade alguma
de reciclar o Mercosul que impossibilita o país de ratificar importantes
acordos econômicos.
O
candidato Eduardo Jorge traz boas propostas, mas todas enfrentariam problemas
para serem aprovadas pelos parlamentares, tendo em vista que o partido não
possui força parlamentar suficiente, este encontraria uma grande pedra no
caminho.
No
caso de Eymael, o problema está na excessiva objetividade de suas propostas. As
ideias são expostas, mas não há uma explicação consistente para o modo como
seriam colocadas em prática.
Levy
Fidelix traz propostas que demandariam um determinado gasto extra e o próximo
governo, ao menos em seu primeiro ano de exercício, terá de cortar gastos para
reestabelecer a economia do país. Fora isso, o fato de o Programa de Governo
ser o mesmo da campanha de 2010, mostra que o candidato parece não ter se
atualizado sobre as demandas do Estado.
Marina
Silva nos traz a proposta do que ela chama de “Nova Política” e um governo de
coalizão. Apesar de um Programa de Governo extenso, assistimos a cada semana as
falhas e rupturas que existem entre candidata e programa. Marina já recuou em
determinados assuntos, além da recente descoberta de plágio feito do Programa
de Fernando Henrique na campanha de 2002. Isso mostra que o Programa foi feito
às pressas, o que se torna um risco para nós eleitores, ter de confiar em algo
que aparentemente não foi muito bem planejado.
O
candidato Everaldo Pereira comete um grave erro ao afirmar que poderia privatizar
até mesmo a Petrobras e não traz soluções efetivas para os atuais problemas de
nosso país.
Os
candidatos Zé Maria, Rui Costa, Mauro Iasi e Luciana Genro, compartilham do
ideal socialista, uns mais radicais, acreditando que apenas a “revolução
socialista” seria a solução para o Brasil. Sendo assim, sabemos que seus ideais
são completamente díspares das atividades econômicas que nosso país exerce. E
se faz imprescindível ressaltar que nenhum extremo é bom para o desenvolvimento
de uma nação.
Dessa forma encerro minha análise sobre os presidenciáveis
nessa eleição de 2014, acredito que essa seja umas das principais eleições da
história de nossa jovem democracia e tenho a esperança de que o povo terá uma consciência
maior no momento de escolher seu candidato.
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