Fora dos trilhos
Nosso
país ainda tem muitos problemas a resolver, um deles é a forma como realizamos
o escoamento de nossa produção, nossa infraestrutura logística. Infelizmente,
por conta do elevado custo de transporte nossos produtos acabam encarecendo e
perdem competitividade no mercado internacional.
O
Brasil possui uma malha rodoviária de aproximadamente 1.691.522 Km, sendo que
apenas 202.589 são pavimentadas, ou seja, pouco mais de 10%. Esse dado absurdo
mostra o porquê de os fretes serem tão caros e reflete também a dificuldade do
produtor brasileiro em levar sua mercadoria até o porto.
Desde
a década de 50, os governos passaram a dar ampla prioridade para as rodovias e
se esqueceram de investir em um dos meios mais econômicos, o ferroviário.
Atualmente o Brasil possui 29,8 mil quilômetros de ferrovia, número que chega a
ser comicamente mínimo frente a importância desse meio de transporte.
Para
termos um comparativo e entendermos também um dos motivos pelos quais os
Estados Unidos são comerciantes por excelência, a malha ferroviária norte
americana é dez vezes maior que a nossa. De acordo com a Associação Nacional
dos Transportes Ferroviários (ANTF), seria necessária uma malha ferroviária de
52 mil quilômetros para dar conta da demanda no transporte de produtos no país. A imagem à baixo mostra as malhas ferroviárias brasileira, chinesa, americana e russa.
Hoje,
apenas 25% do que é produzido chega aos portos por trilhos, que é um dos meios
mais econômicos. Apesar de a construção de ferrovias serem substancialmente
mais onerosas, o retorno econômico compensa o gasto e aumenta nosso poder de
competitividade no mercado internacional.
Após
anos de descaso, o Governo decidiu dar um pouco de atenção para a modalidade,
tendo anunciado investimento de R$ 91 bilhões e o planejamento de construir
apenas 10 mil quilômetros até 2025. O problema é que o projeto anunciado em
2012 praticam ente não saiu do papel e poucas obras foram iniciadas.
Motivos
políticos, como o fato de que a obra provavelmente não será concluída por quem
a inicia, acaba desestimulando nossos governantes a realizarem grandes esforços
na área, provando que não estão preocupados com o desenvolvimento do país, mas
sim com sua imagem.
Fontes: Bom dia Brasil, Ministério dos Transportes, Brasil Econômico e Estadão.
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