Mensalão outra vez


Se a vergonha de um “mensalão” não foi suficiente, que seja revelado então o segundo. Para perplexidade do cidadão que paga seus impostos e ganha um salário retalhado de descontos, recebemos com um misto de algo já esperado, raiva e desilusão, o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
O ex-diretor, em delação premiada, revelou uma lista de nomes de políticos da base aliada que estavam envolvidos em um esquema de corrupção na Petrobras e ainda confirmou a existência de pagamento de propina na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Segundo Paulo Roberto Costa, o esquema partia de grandes empresas que para fechar contratos com a Petrobras, transferiam parte do lucro para funcionários da estatal, partidos e políticos da base aliada do governo, um exemplo de parceria público privada.
Entre os nomes delatados estão o de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara; Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado; Sergio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro; Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão; Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e outros.
O momento para esta denúncia não poderia ser mais oportuno, pois nos encontramos nas vésperas das eleições e serve para nos fazer pensar com muito maior cuidado em quem depositaremos nosso voto. Os caminhos vão sendo excluídos e apenas um aparenta ter maior capacidade de governar o país, pois continuar como está não é possível e eleger alguém que representa os ideais de um envolvido também não nos parece a melhor opção. Sendo assim, compartilho das palavras do candidato Aécio Neves do PSDB:


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