Eleições 2014


Quando falamos de eleições presidenciais no Brasil é difícil escrever de forma justa e igual sobre todos os candidatos envolvidos na disputa. Por que? Pelo simples fato do pluripartidarismo e da clara manifestação de nossos homens públicos de que o importante é o poder, e não ideologias e reais objetivos de crescimento e de desenvolvimento do país.
Nas eleições desse ano o brasileiro terá um amplo poder de escolha, são 11 candidatos à Presidência da República, cada qual com seu “projeto” para um país melhor. Mas antes de falarmos de projetos, seria interessante nos atentarmos ao fato de que existem atualmente no Brasil 32 partidos. E cada partido com seu estatuto, com suas ideologias, alguns completamente diferente de outros, mas que nessa época se unem por um elo de boa vontade misterioso, não só mente para a disputa presidencial, mas também nos outros pleitos.
Como é típico das últimas eleições, os partidos se separam em três principais coligações partidárias e os outros candidatos são esquecidos. Esse ano os “principais” são: Aécio Neves (Coligação Muda Brasil), Dilma Rousseff (Coligação Com a Força do Povo) e agora Marina Silva (Coligação Unidos pelo Brasil). Além deles, outros oito partidos possuem candidatos próprios que não recebem atenção da mídia e alguns nem mesmo são citados, então uma pergunta vem à cabeça; como escolher democraticamente em um sistema político partidário que esmaga as minorias?
Também não podemos deixar de lado, infelizmente, a má fé. Uma campanha eleitoral é uma árvore extremamente frutífera, nesse momento entram inúmeras e gordas doações aos candidatos e partidos, a existência de caixa dois em eleições é uma prática que infelizmente temos conhecimento. Além de pensar nos pequenos partidos como “excluídos da mídia”, também temos que pensar se existe neles uma real vontade de competir para ganhar, ou apenas garantir um dinheiro do caixa dois.
Já escrevi e escrevo novamente, o pluripartidarismo é um dos grandes problemas de nosso sistema político. Como escolher candidatos em 32 partidos? Como estudar 11 projetos de campanha divergentes entre si, quando o brasileiro chega em casa exausto de uma rotina dura de trabalho? Essas e outras perguntas ficam sem resposta e nos levam ao clássico PT – PSDB – “Alguém para dar segundo turno”.


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