O populismo e seu padrinho no Brasil

Populismo: política que se baseia em angariar as simpatias das classes menos favorecidas da sociedade. Essa é a definição que encontramos no dicionário, em uma leitura desatenta, nada a contestar. Em uma leitura mais atenta, um erro quando posto em prática.

O que se desenvolve no Brasil nos últimos 12 anos é uma política populista que até 2010 não estava descontrolada, mas que no governo Dilma se tornou um grande empecilho para o real desenvolvimento de nosso país pelo fato de a equipe do governo não ter a capacidade para cuidar da economia.

Esse descontrole econômico tem diversas origens, uma delas é um maior alinhamento ideológico do governo Dilma com parceiros como Venezuela, Cuba, Bolívia e uma debilitada Argentina. O que todos esses países possuem em comum? O populismo. Além de sofrermos com problemas internos complicados, no cenário da política externa as coisas fugiram ao controle do Itamaraty e repousaram no colo da presidência e sua ideologia cega que não enxerga o rumo que estamos tomando.

Não obstante estes problemas, temos também visível o problema do padrinho político do PT, Luiz Inácio da Silva, o Lula. Explico o motivo de interpreta-lo como um problema, estamos em período eleitoral, época de sentirmos mais forte o ar da democracia, e é nesse momento que podemos escolher os candidatos com melhores projetos para nossas cidades, estados e para nosso país. Todos sabemos e concordamos que Lula foi um presidente importante que trouxe inovações e sua grande marca, o Bolsa Família, elegeu sua sucessora Dilma Rousseff e colaborou (usando sua imagem) para que candidatos de outros pleitos se elegessem (vide Fernando Haddad, em São Paulo).

O problema é quando sua sucessora pretende se reeleger e como os números não colaboram para sua continuidade, o PT explora de forma apelativa a imagem de Lula ao lado de Dilma. A questão é que o brasileiro que se informa, que vai ao mercado, sabe que Dilma não tem condições para assumir um novo mandato, seria mais nobre da parte do PT colocar Lula como candidato. E é nesse ponto que compreendemos que o real objetivo do PT não é governar com segurança econômica, garantindo ao brasileiro um salário justo, o que para eles realmente importa é um plano de permanência no poder, com um alinhamento ideológico cada vez mais nítido e perigoso para nosso país.

Muitas pessoas ao verem a figura de Lula o enxergam como um “messias”, por ele ter dado aos que não tinham nada, um pouco que não lhes faz jus, pois merecem e possuem direito a muito mais. Mais do que bolsas, é preciso um projeto de governo. Encerro usando uma frase de Aécio Neves: “o governo PT é um governo aficionado em marcas (PROUNI, BOLSA FAMÍLIA, PRONATEC etc.) e não em seus resultados”

Criar é fácil, precisamos de alguém com capacidade de ampliar e aprimorar com segurança, transparência, meritocracia e responsabilidade, sem a ideia de que um homem pode ser o “salvador da pátria”, mas com a ideia de que um conjunto pode nos levar ao real desenvolvimento.